C. Pedra da Gavea I Foto & cultivo: André Merez |
Uma bela criação de Aniel Carnier
Trata-se de mais um híbrido histórico formado da bem sucedida junção de dois outros clássicos da hibridação, a C. Pão de Açúcar e a C. Penny Kuroda. Essa planta certamente conquistou seu espaço entre os muitos orquidófilos entusiastas das chamadas “pintadinhas”, como é o caso da Blc Durigan, da C. brabantiae, C. Landate, entre outras.
No conceituado site de registro de híbridos “Royal Horticultural Society”, consta o registro dessa planta feito por R.B. Cooke em maio de 2002, mas originalmente ela foi criada e nomeada por Aniel Carnier, conceituado orquidófilo da cidade de Rio Claro, no Estado de São Paulo. Pelo que se pode verificar na descrição do registro, Cooke fez a gentileza de registrar a planta criada por Carnier, sem deixar de evidenciar os méritos da criação.
Depois de muita pesquisa, inclusive conversando com orquidófilos mais experientes que tiveram contato com Aniel Carnier, não foi possível até o momento ter conhecimento dos motivos exatos que levaram o criador dessa planta a escolher o nome de “Pedra da Gávea”. O que pode ser suposto, é que o nome tenha sido criado em analogia de um dos parentais que entraram nesse cruzamento, a Cattleya Pão de Açúcar.
O monólito gnaisse chamado Pedra da Gávea é considerado o maior bloco de pedra a beira mar do mundo e situa-se no litoral do Rio de Janeiro, mais precisamente entre os bairros de Barra da Tijuca e São Conrado. Trata-se de um ecossistema da Mata Atlântica secundária rico em bromélias e orquídeas, entre elas a famosa Laelia lobata, endêmica desse local.