Foto/divulgação: Clube do Orquidófilo I André Merez |
O adubo nosso de cada dia
Os orquidófilos iniciantes e até alguns mais experientes, muitas vezes esbarram em algumas dificuldades quando o assunto é adubação. Periodicidade, formulações adequadas para cada fase do ciclo vegetativo da planta, quantidades a serem ministradas, entre outras dúvidas que normalmente podem surgir. Para ajudar a solucionar esses problemas, resolvemos fazer uma pequena coletânea com as principais dificuldades encontradas nessa parte tão importante do cultivo das orquídeas.
Porque adubar?
Adubamos nossas orquídeas porque as tiramos de seu hábitat onde elas se beneficiavam naturalmente dos nutrientes necessários para o seu desenvolvimento e as colocamos em um ambiente que podemos chamar de 'artificial', logo, é extremamente necessário que seja compensada, também artificialmente, a ausência desses nutrientes com a aplicação de adubos.
Outro fator importante para nos preocuparmos com a regularidade da adubação é o fato de que, mantendo as orquídeas bem nutridas, elas ficam menos suscetíveis ao ataque de pragas e patógenos oportunistas. Podemos considerar que a adubação também é uma importante forma de tratamento preventivo que evita que doenças e pragas se instalem na coleção.
Outro fator importante para nos preocuparmos com a regularidade da adubação é o fato de que, mantendo as orquídeas bem nutridas, elas ficam menos suscetíveis ao ataque de pragas e patógenos oportunistas. Podemos considerar que a adubação também é uma importante forma de tratamento preventivo que evita que doenças e pragas se instalem na coleção.
Quando adubar?
É errônea a ideia de que não se deve adubar no inverno. A família orquidácea é uma das mais extensas com um número incrível de espécies separadas em gêneros, logo, em um orquidário com vários gêneros vegetando num mesmo espaço, é natural que tenham plantas em diferentes estágios de seu processo vegetativo. Não há uma 'dormência' que aconteça com todas as espécies da família orquidácea ao mesmo tempo. Tanto é que existem até mesmo diversas espécies que florescem nesse período. Simplificando, a planta se beneficiará muito mais da adubação quando estiver emitindo novas raízes com aquelas pontinas verdinhas (Meristema apical), daí a importância de manter as raízes de sua orquídea sempre saudáveis, já que elas são responsáveis por aproximadamente 90% da absorção de nutrientes.
O ideal é que a adubação seja feita regularmente, de forma equilibrada. independente do período do ano. A aplicação de um adubo de manutenção (20 20 20 ou 18 18 18 + Micronutrientes) de forma homeopática, ou seja, com mais frequência (uma vez por semana), porém em doses menores (uma colher rasa de café para cada litro de água na diluição) garantirá nutrição de que a planta necessita para vegetar adequadamente.
Quanto ao melhor horário para realizar adubação, prefira as horas mais frescas do dia, bem cedo pela manhã ou no final da tarde. Em dias muito secos e quentes é recomendável fazer a adubação à tarde para que ao longo da noite as plantas tenham tempo de se beneficiar do alimento fornecido. Já em dias mais frios e úmidos o ideal é adubar pela manhã já que ao longo do dia as plantas terão oportunidade de absorver os nutrientes e não estarão muito molhadas ao anoitecer, o que não é recomendável no inverno.
Quanto ao melhor horário para realizar adubação, prefira as horas mais frescas do dia, bem cedo pela manhã ou no final da tarde. Em dias muito secos e quentes é recomendável fazer a adubação à tarde para que ao longo da noite as plantas tenham tempo de se beneficiar do alimento fornecido. Já em dias mais frios e úmidos o ideal é adubar pela manhã já que ao longo do dia as plantas terão oportunidade de absorver os nutrientes e não estarão muito molhadas ao anoitecer, o que não é recomendável no inverno.
Como adubar?
Produtores e estudiosos do assunto afirmam que o fornecimento de adubação de manutenção (20 20 20 ou 18 18 18) acompanhada dos micronutrientes necessários às orquídeas, são o suficiente para que a planta se desenvolva e floresça em sua época adequada. Contudo existem no mercado diversas formulações que têm basicamente três finalidades específicas: crescimento, floração e manutenção. Os de crescimento apresentam formulação com maior teor de nitrogênio (N) que é o primeiro elemento da sigla NPK, exemplo: 30 10 10; os de floração apresentam maior teor de fósforo (P) segundo elemento da sigla, exemplo: 10 30 20 e os de manutenção possui uma formulação equilibrada dos três macronutrientes, que são nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), exemplo: 20 20 20.
Além desses elementos chamados de macronutrientes primários, as orquídeas também necessitam, mesmo que em quantidades menores, dos chamados macronutrientes secundários ( Cálcio, Magnésio e Enxofre) e dos micronutrientes ( Boro, Cobre, Ferro, Manganês, Molibdênio e Zinco). Para tanto, é necessário optar pela utilização de um adubo que possua tanto macro quanto micronutrientes, observe o rótulo do produto e converse com o seu fornecedor.
A aplicação é normalmente feita por meio da diluição do produto em água e a borrifação sobre a planta, preferencialmente de forma homeopática (uma vez por semana em quantidades menores), ou seguindo a recomendação do fabricante descrita no rótulo do produto. O importante é concentrar a aplicação sobre as raízes, já que elas são as responsáveis pela maior parte da absorção do nutrientes.
No caso de adubos orgânicos, como o Bokashi, por exemplo, a aplicação pode ser feita, de três em três meses, diretamente no canto do vaso respeitando as quantidades necessárias de acordo com o tamanho do vaso. Em vasos pequenos uma colher de café, em vasos médios uma colher de chá e em vasos maiores uma colher de sopa. é importante tomar cuidado para que o adubo orgânico não toque diretamente as raízes, pois nesse caso específico, poderá causar a queimadura das mesmas, o que não ocorre com a adubação química.