Foto & cultivo: André Merez |
Uma floração bastante aguardada
Essa epífita é originária de Pápua, Nova Guiné e Filipinas, onde vegeta em altitudes acima de 350 metros em árvores de médio porte, florestas de clima úmido e temperaturas amenas. Seu aspecto vegetativo é muito interessante, com folhas que se assemelham ao couro com coloração amarronzada em sua face inferior e verde acinzentada na superior. De crescimento lento devido seu metabolismo bastante desacelerado, as Robiquetia demoram pra alcançar a maturidade suficiente para florescer.
O exemplar acima foi adquirido pela minha esposa, Edi Merez, na exposição do Jardim Botânico de São Paulo há cerca de 4 anos quando ainda era uma pequena muda. Ao longo desse tempo sob nosso cultivo desenvolveu-se bem e sua floração, sempre tão aguardada, iniciou-se no final de maio com o surgimento de um pequeno calo na face oposta de uma das axilas foliares. Acompanhar o desenvolvimento dessa inflorescência é sem dúvida uma experiência muito interessante, mas, infelizmente, devido à falta de tempo disponível para essa finalidade, não foi possível fotografar as etapas desse curioso espetáculo.
A respeito do cultivo que temos utilizado nessa planta, podemos acrescentar que está sendo feito em cachepot de madeira, com substrato de casca pinus e uma camada de esfagno puro em sua borda para ajudar na conservação de uma certa umidade. O ambiente em que este cachepot fica é bastante úmido e arejado, condições essenciais para seu bom desenvolvimento. Quanto às adubações, são feitas semanalmente com adubo orngano-mineral rico em aminoácidos.