Calanthe vestita var. alba - Foto e cultivo: André Merez |
Procedimentos de cultivo
De origem asiática, essa planta de longas hastes florais atrai orquidófilos tanto pela beleza de seu conjunto floral quanto pelas peculiaridades de seu ciclo vegetativo. Com etapas bem definidas em sua trajetória, que se inicia na brotação e vai até a floração, as Calanthe são interessantes e curiosas por diversos motivos.
Ao comprar uma planta dessas é importante saber que, dependendo do estagio de desenvolvimento em que ela se encontre, o cultivador terá que conhecer e respeitar os procedimentos adequados de seu cultivo:
· Caso a planta esteja florida no momento em que foi adquirida, deverá ser levada para o orquidário e submetida ao tradicional sombreamento de 50% e regada sempre que o substrato estiver seco.
· Ao término da floração, a haste seca deverá ser cortada e planta deverá ser colocada em um local bem iluminado, mas protegido das chuvas ou das regas das demais plantas da coleção, pois o fornecimento de água deve ser completamente interrompido até que ela volte a emitir novos brotos.
· Depois que os brotos já estiverem bem desenvolvidos, a Calanthe pode ser colocado de volta no orquidário, regada e adubada junto com as demais plantas da coleção.
· Depois de totalmente desenvolvidas, as folhas começarão a apresentar sinas de envelhecimento, ficarão primeiro com suas pontas escurecidas, amarelando e finalmente se soltarão dos pseudobulbos.
· Depois das folhas terem caído, a planta iniciará a emissão de uma haste floral da parte de baixo do pseudobulbo. Nesse ponto as regas poderão continuar normalmente e a adubação poderá ser reduzida.
Outra peculiaridade desse gênero que vale ser ressaltada, é que seus pseudobulbos devem ser separados no momento do replante, pois, caso continuem ligados uns aos outros, a planta poderá definhar. Essas plantas desenvolvem-se melhor com os pseudobulbos individualizados, daí o fato de não se observar touceiras dessas plantas nem na natureza nem em cultivo artificial.
Considerada uma planta terrestre e ocasionalmente litófita (que vegetam nas fendas das rochas), devem ser cultivadas em substrato bem drenado, que pode ser composto de uma parte de terra vegetal, duas partes de casca de pinus com carvão e uma parte de areia grossa.
Para os entusiastas dessa espécie, existe a possibilidade de se formar uma pequena e variada coleção, já que podem ser encontradas as variedades rubra, alba, rubro oculata, fournerii e regnierii.