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Channel: CLUBE DO ORQUIDÓFILO
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Cattleya Julio Conceição

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Cattleya Julio Conceição  I  Foto e cultivo: André Merez  I  Clube do Orquidófilo

Um clássico dos híbridos

No meio orquidófilo existem os ‘puristas’, por assim dizer, que não gostam de cultivar híbridos,  um perfil de orquidófilo que não se deixa seduzir facilmente pelas cores e formas aprimoradas que as hibridações possibilitam. Outro fator que corre à boca pequena é que o cultivo dos híbridos também não teria tanto mérito por serem mais fáceis de cultivar, e, nesse caso, o desafio dos tratos culturais seria menor. Entre outras considerações, as mais variadas, e algumas até descabidas, o fato a que nos atemos aqui é que existem diferentes categorias no que se refere às orquídeas criadas pelas mãos humanas.

Criar uma planta híbrida não significa apenas retirar aleatoriamente a polínia de uma planta qualquer e depositar em outra. Há que se utilizar critérios de selecionamento entre os parentais envolvidos que levem em consideração fatores relacionados à morfologia das plantas, período de floração, compatibilidade intergenérica, entre outros.

Ao longo das diferentes fases da história da orquidofilia no Brasil, milhares de híbridos foram produzidos, no entanto, muitos deles viraram um tipo de ‘febre’ e sua fama foi apenas passageira e tão rápido quanto foram valorizados, foram também esquecidos. De todas essas criações humanas apenas uma centena delas se tornaram ‘clássicos’. E entre esses clássicos certamente encontra-se a planta que trouxemos hoje aos leitores do Clube do Orquidófilo. Uma senhora planta de 65 anos, a Cattleya Julio Conceição.

Resultado do cruzamento entre a Cattleya intermedia e a Cattleya Cowaniae, esse híbrido criado na década de 1950, recebeu o nome de um pioneiro no cultivo de orquídeas na cidade de Santos e proprietário de um parque indígena considerado na época o maior orquidário ao ar livre do mundo, o Sr Julio Conceição. Há rumores de que essa tenha sido a primeira orquídea híbrida totalmente branca que se conseguiu fazer no Brasil.

Trata-se de uma planta ‘pauciflora’, ou seja, que produz poucas flores por haste, no máximo três flores por espata. Condição esta que é ricamente compensada pelo tamanho e pela boa forma de suas flores. Levemente perfumadas suas flores duram de 15 a 20 dias caso não sejam molhadas pela chuva ou pelas regas.


Seu cultivo pode ser feito com os mesmo tratos recomendados as demais Cattleya da coleção. O meu exemplar, presente da orquidófila paranaense Rose Carobrez, tem sido cultivado em substrato mix de casca de pinus e carvão, em vaso de barro, em ambiente bem ventilado com sobreamento de 50% e recebe adubação semanal química de formulação de manutenção 20 20 20.




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